Dúvidas, dúvidas porque elas existem?
Vou esmiuçar elas para vocês, pois sei muito bem que elas existem.
Ah o que seria dos relacionamentos sem elas: as dúvidas. Nem um término de namoro seria tão sofrido e desgastante se as dúvidas não povoassem o nosso pensamento.
Não teria graça, não teria sofrimento, não teria angústia.
Apresento a vocês em primeira mão, a dúvida.


Elas existem em pequenos gestos, singelos, insignificantes, sempre existem.
Mas vamos focar no surgimento delas quando o namoro acaba, quando se tem a ruptura.
Ele terminou com você. Ela já se apresenta toda convidativa e já te lança um olhar de empáfia e diz: você não vai se questionar porque ele te deixou?
Pronto, começou. Ela já entrou na sua mente, igual lavagem cerebral.


Dúvida instalada, lá vem os questionamentos:
Porque ele me deixou? Porque ele foi embora? Porque ele me trocou por outra? Porque ele me procura para sexo? Porque ele fica curtindo fotos de outras meninas no facebook? Isso é para me provocar? Qual a intenção quando ele fala que quer voltar, mas logo some? Porque ele fala que ama, que sente saudade e depois diz que está com medo? Quando ele vai voltar? Você acha que eu devo insistir ou desistir?


Dúvida, dúvidas. Citei as que consegui lembrar, que são as mais repetidas neste universo de dúvidas que paira sobre suas cabeças.
As duvidas estão lançadas, agora ela já está em casa, você permitiu que ela entrasse.
Mas te conto: ela não agrega, ela não soma, ela não é importante, ela não representa nada.
Sabe o que ela te permite?
Mais perguntas, mais aflições, mais dores, mais angústias, que é igual a nada.
Desafio a todas aqui, a me provarem que todas essas dúvidas existentes que permeiam suas lindas cabeças ajudaram trazer os seus ex de volta.


Quando você se pergunta em demasia, você não evolui, não sai da estagnação, da inércia.
Tudo isso é fruto do seu pesar, de não aceitar ser rejeitada ou ser deixada.
Você está lutando contra o fim, então mediante a sua dor, a dúvida se achega e te faz procurar em pequenos atos, em coisas mínimas, algo que possa resgatar sua estima que foi perdida.
Você está em frangalhos, se sentindo um nada, então você precisa se apegar em qualquer coisa para tentar sair desse buraco. E gerar especulações, dúvidas não irá te fazer sair do lamaçal de sofrimento que você está agora.


Só irá deixar você mais tempo no sofrimento. E isso que você quer?
Entenda e aprenda acabou, se ele vai voltar ou não, vai depender das suas ações em prol da sua pessoa, e de mais ninguém. A mudança tem que partir de você somente.
Quando você estiver pronta, evoluída, as coisas irão acontecer, o universo soprará a favor.
E a pessoa que você tanto quer de volta, sentirá isso.
Terminou, acabou? Deixe ir.


Todo mundo me pergunta como se consegue isso, a arte de desapegar de alguém que temos sentimentos, sem procurar, sem se questionar, sem esperar que ele volte.
E não existe arte, existe o querer, a vontade sua. O seu poder de reafirmação do que pretende para a sua vida. Fácil? Não.


Mas existe uma maneira eficiente de você conseguir tocar na tal “arte” do desapegar: parando de se questionar, de gerar dúvidas mediante o fim.
Ex: o ex termina e logo depois ele começa a postar que está na balada, começa a mostrar que está feliz, curte post de várias mulheres, começa a adicionar monte de mulheres gostosas. Some e aparece. Fala que está com saudade depois some, fala que está com dúvidas e some, fica com você e com a torcida do Flamengo, vêm com essas proezas todas citadas.


O que você faz?
Não me interessa. Eu não quero saber. A vida dele não me diz respeito. Você ignora os “feitos” que ele tem realizado, você abstrai. Você se pergunta: o que isso irá enfatizar na minha vida, me melhorar como ser humano? Enquanto ele vive, eu vegeto. Você diz não para as incertezas, para a dúvida cruel que te assola. E ela evapora, ela se muda rápido, porque sabe que ali ela não tem mais lugar.
Você pode me dizer isso não tem como fazer quando temos sentimentos, quando temos filhos em comum, e etc.


De fato é uma atitude extrema. Esse é o quesito do gelo que prego. Quando você mesma estraçalhada por dentro, não perde a dignidade. Não se deixa levar pelo cansaço da dor que te atinge.
Você luta ferozmente, chora sozinha à noite, asfixia o sentimento em provimento do que é seu bem maior: o amor a sua pessoa.
Você se torna egoísta, palavra dura. Mas quando se tem um sofrimento em andamento, não adianta pensar no outro. Você precisa se restabelecer, se revigorar. E perguntando o que o outro faz, porque ele faz, não melhora o problema em si.


Isso não significa que você está desistindo, você apenas está aceitando o fim. Quando você aprende a não se perguntar, gerar dúvidas infundadas, questionamentos sem valor, você está se desprendendo, se valorizando e logicamente aprendendo a arte do desapegar.
E aí vem a boa nova. No desapego você se controla, sabe que não pode parar o que o outro faz, se permite viver no hoje. Você não se importa se vai ou não ficar com a pessoa. Tem traçado metas bem definidas do que você quer ou não para a sua vida ou seja você é dona de si e da situação. Então para que você irá ter dúvidas?


E você estará preparada para quando ele voltar, não aceitará desculpas, migalhas ou a famosa conversa mole que ele venha a ter.
Você dirá não para as mentiras, para as indecisões dele. Você irá impor-se. E só restará a ele, fugir ou procurar um meio mais eficiente e inteligente de chegar até a sua pessoa.
Pergunto a todas vocês: qual o tipo de homem que você quer para estar do seu lado? O que só arruma desculpas, o traumatizado, o egoísta, orgulhoso, turrão, egocêntrico, sem responsabilidades e sem objetivos?


Nem irei responder, deixo isso para vocês se questionarem e responderem nos comentários.
E coloque em xeque mate se os seus ex têm alguns dos adjetivos citados.
E aí que começa sua valorização, sem dúvidas, sem indagações.
Seja diferente para que você consiga ter pessoas diferentes na sua vida. Melhore-se para que você consiga ter alguém melhor do seu lado. A mudança começa por você.
Texto por Sara Oliver

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Escrito por

Linda Cristina

Coaching de Relacionamentos, Autoestima e Valorização Pessoal