É interessante notar que o amor passional é regido por uma lei pessimista: as pessoas que nos perseguem são justamente aquelas
que não queremos, enquanto aquelas que desejamos costumam nos evitar. A grande maioria dos conflitos emocionais convergem nessa lei.

Há mulheres que se deixam tomar pelo desejo e a paixão, e embriagadas por essa “química”, certos homens acabam as levando a fazer aquilo que eles querem. Normalmente é uma manobra egoísta, já que a obsessão pela auto-gratificação está no cerne do ser humano.

Muitas vezes perdemos nossa liberdade comportamental por idealizarmos o nosso objeto de desejo. Nesse caso é o transformar o sapo em príncipe. A mulher renuncia seu amor próprio, suas vontades, se humilha apenas por algumas migalhas de atenção e proteção.

A engrenagem mestre que move todo esse processo, é o ego do amor passional. Após instalado, inicia-se um processo de vampirizarão de nossas vontades, onde elas são roubadas e levadas ao limbo. Então uma crescente onda de emoções destrutivas se forma em nossa direção e não há como escapar desse tsunami de sofrimento.

Inevitavelmente somos atingidos por: ciúmes, ansiedade, medo de perder, rejeição…e muitos outros. Nesse caso a mulher como perseguidora, automaticamente demonstra o quanto está acorrentada pelo homem, e este, o objeto de desejo, rapidamente se instala na famosa “zona de conforto”.

É a certeza de estar presa que faz a imobilização daquele que a prende.
A paixão é como uma bebida deliciosa, porém elimina a lucidez da mente, impede a análise crítica transformando o demônio em anjo. Esta é a guerra da paixão. Aquele que se apegar mais será atingido pelas ardentes fechas.

No entanto, ainda mais importante que dar uma lição em quem nos faz sofrer, é quebrar as correntes magnéticas. É obter de volta nossas vontades, nossas forças. Contudo, se vingar não é a solução. Se o fizer, é continuar em sofrimento por preservar sentimentos negativos na mente.

A melhor forma de lidar com isso é boicotar o processo enquanto ele ainda está se gestando. Mas para ter essa autonomia é necessário ter a verdadeira compreensão da realidade. É retirar os óculos do amor passional e colocar as lentes da verdade.

Portanto, seja senhora de suas vontades! O sublime amor verdadeiro não tem nada a ver com as loucuras da paixão.

Texto por Cezar Barcellos, nosso novo colaborador aqui do site.

Escrito por

Linda Cristina

Coaching de Relacionamentos, Autoestima e Valorização Pessoal