Ai, menina, senta que lá vem história. E não é aquela que a gente adora, da fofoca boa das vizinhas, é outra: a saga eterna do corpão perfeito. Risos (de nervoso).

Para começar, quem foi que disse que existe um padrão embrulhado para presente, pronto para ser seguido por todas nós? Ah, sim, a sociedade! Ela mesma, sempre com um dedo pronto para apontar se você come uma batata a mais ou resolve que hoje não é dia de academia porque, sinceramente, a série está mais interessante.

Esqueça esse papo de “no pain, no gain” e esses feeds inundados de smoothies verdes e abdomens trincados. Vamos combinar, minha amiga, a vida é muito curta para passar vontade de um bom brigadeiro por causa de uma calça jeans.

E pode descer do salto (ou calçar um mais confortável), porque eu vou falar uma verdade aqui: corpo perfeito é aquele que tem saúde, que te leva pra cima e pra baixo sem dar defeito. Não precisa ser tamanho 36. Aliás, etiqueta de tamanho deveria só servir para garantir que não vamos comprar uma peça que vai cortar nossa circulação depois de sentar, né?

Você já parou para pensar em todos os “eu deveria” que colocamos em nossa vida? Eu deveria perder peso, eu deveria ter aquele tanquinho. Quer saber? Você deveria mesmo é ser feliz. Que tal trocar esse joguinho desgastante por aceitação e amor próprio?

E não me venha com essa de que ‘aceitação’ é desculpa para não se cuidar. Cuidar-se é essencial, mas não precisa ser uma tortura medieval. Comer coisas que te deixam feliz, cuidar do seu mental, desligar-se um pouco do ritmo frenético — isso, meus amores, é autocuidado também.

Ah, e antes que eu me esqueça, aquele papo de “você é o que você come”? Querida, você é muito mais. É risada alta no meio do cinema, é choro escondido no banheiro do trabalho, é coragem de cortar o cabelo curtinho mesmo todo mundo dizendo que é loucura. Não se reduza ao seu prato, à sua rotina na academia ou aos dígitos na balança.

Olhe-se no espelho. Vá além da imagem refletida. Veja as histórias, as batalhas, os sorrisos que sua vida coleciona. Isso sim é riqueza. Isso sim deve ser cultivado.

Portanto, próxima vez que te venderem a ideia de que precisa mudar para se encaixar, pense duas vezes. Se mudar, que seja por você, pelos seus desejos, pela sua saúde e felicidade. E não por uma capa de revista ou por likes nas redes sociais.

No fim das contas, o melhor “corpitcho” é aquele que carrega uma pessoa incrível por dentro, com suas imperfeições, suas loucuras particulares e sua autenticidade. E aí, vamos combinar, é muito mais divertido ser autêntica do que perfeita, concorda?

Beijos (e não se esqueça do brigadeiro, por favor)!

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Escrito por

Linda Cristina

Coaching de Relacionamentos, Autoestima e Valorização Pessoal